sábado, 22 de janeiro de 2011

Capítulo 13

Quando acordo me encontro em algum tipo de clinica, as paredes são tão brancas que faz meus olhos doerem, tento me levantar mas percebo que estou presa em uma maca, com meus pés e mãos atados em sua volta. Ao meu lado está um Matteo desacordado e do outro está Bruno, isso mesmo, o leitor de mentes.

- O que está fazendo aqui? Por que não está com os outros?- pergunto sussurrando.

- Me drogaram, espancaram quando resisti e aqui estou para morrer – respondeu sussurrando igualmente baixo.

- Quem fez isso?

- Francesco e Peter, me traíram.

- Acho que só nós dois não traímos ninguém.

- E Matteo?

- Essa é uma longa história que nem eu sei se é verdade depois de tantas mentiras ditas, acho melhor também não falarmos nada importante aqui, podemos ser ouvidos.

- Então é fácil, simplesmente pense.

- Só faço isso porque realmente confio em você, já que foi o mais amigável comigo quando estava hospedada em sua casa – fiz o que ele mandou, só que quando estava no começo da história Ele entra na sala, a última pessoa que eu pensaria em ver agora, sempre bem vestido como sempre, apesar de ser uma roupa muito velha para seus vinte cinco anos. Sim, era aquele que matou minha melhor amiga e fez da minha vida um inferno.

- Surpresa em me ver? Vejo que já reencontrou seu amiguinho, pena que os dois estão para morrer. 

Atrás dele, parecendo seus capangas – acho que eram isso afinal – estavam Alexandre, Guilherme, Peter e Francesco.

- Como puderam? Como conseguiram enganar até mesmo Bruno que sabe ler mentes?

- Nós sempre vivemos juntos e com o tempo aprendemos a bloquear nossos pensamentos e o chefinho nos prometeu bastante coisa caso conseguíssemos fazer o que Matteo não seria capaz.

- Então vocês simplesmente botaram uma mascara de falsidade enganando todo mundo quando perceberam que Matteo não iria conseguir terminar o trabalho, ou seja me matar?

- Olha! Até que é esperta.

- Não diga! Mas lamento lhes dizer que vocês também não conseguiram me matar, afinal ainda estou viva.

- Falou bem, Ainda.

Engulo em seco, mas não vou me render, não agora depois de tudo.

- E vão fazer o que? Mandar uma bala na minha cabeça?

- Não, seria muito rápido e fácil.

- Vocês nos traíram mesmo, não é? Agora começo a encaixar as peças, você testando quanta força eu tinha nos “treinamentos” escondidos. Peter dando a ideia de qual boate deveríamos ir...

- Coitada, a ficha não caiu ainda?

- Quando cair tomara que pese cinquenta toneladas e caia bem encima de vocês.

- Acho que não iria querer que isso acontecesse, como vocês iriam sair depois? - o “chefinho” diz.

Eu daria um jeito, sempre dou.

- Que interessante ouvir isso já que você não conseguiu salvar sua amiguinha, ou conseguiu e eu estou enganado?

- Canalha – Matteo respondeu por mim, a quanto tempo ele já está acordado?

- Olha quem fala! - falei. 

- Agora o está defendendo, enquanto xingo ele por sua causa?

- Não, estou apenas declarando que os dois são canalhas.

- Desamarrem eles e depois os tragam algemados até a perua, antes que comecem a ter briguinhas de relacionamento.

- Sério? Uma perua? Pensei que fosse mais rico que isso.

- E sou,só não quero chamar atenção.

- Acha mesmo que uma perua velha e barulhenta não chamaria atenção?

- Apenas cale-se sabichona.

- E se eu não quiser.

- E se eu matar outro amiguinho seu por causa disso?

Não tive escolha, me calei, mas se ele pensa que vou cooperar com tudo isso está totalmente enganado. Claro que não vou ficar gritando “socorro” por aí, seria um tanto inútil e poderia causar a morte de alguém, vou apenas sentar e esperar a melhor hora de agir.

Essa hora, infelizmente, não chegou...

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