quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Novo Blog

Hey! Só passando pra avisar que eu estou postando Arrepio - outra web - em um outro blog! Quem quiser seguir e acompanhar é só clicar neste link: http://congelantearrepio.blogspot.com/

Bjks,
Laari Ferrari

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Começo do Cap. 2

Matteo

Não consigo acreditar que esta vadia que agora está no corpo de Verônica seja ela.

Não que eu não a ache irritante, um pouco fria e até agressiva e assustadora, mas não ao extremo como está criatura é. Bruno ainda está traumatizado com tudo isto e até agora não pronunciou sequer uma palavra, o que me deixa um pouco preocupada, já que seu estado normal é nunca calar a boca, está muito pensativo, isso não é nada bom...

Mas se este ser pensa que pode me segurar e me tratar como um cachorrinho domesticado está muito enganado, vou trazer Verônica de volta. É meu dever após tudo que fiz. Hoje ela não me escapa.

 Bruno

Me recuso a tentar entender tudo isto. Nem minha voz funciona mais. 

Veronica está diferente. Ela está mais... Mais Morta. Sim, essa seria a palavra certa. Não quero ler seus pensamentos. Sempre que tento, uma forte dor e um grito agudo me atingem, fazendo com que cada vez eu fique mais fraco, estou a ponto de cair no abismo do mar e nunca mais voltar. Meu corpo está fraco e preciso de um pouco de ar puro e terra entre meus pés. Preciso sair daqui. E já sei como fazer isso, afinal, Matteo está tramando alguma coisa, seus olhos e seu jeito quieto não me enganam, não desperdiçarei está chance. Mas seria melhor se ele irritasse "Veronica" de vez em quando, estou começando a me preocupar que ela esteja percebendo este clima de revolta no ar.

Verônica

Matteo está muito quieto para meu gosto. Até agora não reclamou de nada. Alguma coisa está errada, até mesmo Bruno está mais estranho que o normal. Um olhar perigoso está em sua face. Preciso ficar mais atenta do que nunca, não gosto de meus prisioneiros armando planos contra mim, é natural e meu senso nunca me enganaria. 

Me acalmo e me concentro, se aqueles idiotas tentarem alguma coisa a bolha de ar que está em volta de suas cabeças simplesmente congelara, somente com um estalar de meus dedos. Estou meio paranoica, mas é melhor prevenir do que remediar. Em um humano normal, isso iria matá-lo, pelo lance de congelar o cérebro, mas acho que dois lobisomens conseguem superar isso. Acho.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Segunda parte do Capítulo 1

- Vai me matar?

- Muito pior que isto – falei chegando mais perto do tal Bruno – você não perde por esperar – peguei a mão dele e pulei novamente para dentro d'água. Enquanto caia só escutei um rugido de reclamação de Matteo que ainda estava escalando e um “De novo não” da parte dele. 

- Quando finalmente chagamos ao meu lar, criei uma bolha de ar nos dois para não se afogarem, novamente.

- O que você pensa que está fazendo nos levando aqui em baixo novamente? - Matteo me pergunta, Bruno apenas fica olhando com cara de bobo pra mim.

- O que você acha? Aqui é aonde tenho mais poder, seu meio humano idiota. Lá em cima eu não passava de uma simples mulher humana gravemente fraca e sem condições de lutar. Eu posso, por alguma razão, ter muita raiva daquele homem, mas não sou tão idiota a ponto de arriscar minha vida sabendo que irei perder.

- Como sabe que não sou humano?

- É difícil de explicar, mas quando eu estava lá em cima, com meus pés sendo sustentados pela terra árida, em minha mente começaram a passar imagens de uma vida que não me lembro, mas quanto mais eu me lembrava mais fraca ficava, por isso que resolvi trazê-los para cá.

- Mas o que você tem que fazer é exatamente o contrário! Você precisa se lembrar de quem era antes de “morrer” - fez aspas com os dedos, causando bolhinhas d'água – não pode ficar assim, insensível, fria, maldosa, não que antes não fosse, mas eu prefiro aquela Verônica estupida à você.

- E quem disse que eu me importo com sua opinião? Para mim você nada mais é do que uma peça num jogo qualquer. Não acha que se fosse tão importante pra mim como diz que sou pra você, não teria me lembrado? Sabe o que você é pra mim e pra essa tal de Verônica que você tanto custa em me chamar? Nada. Agora fique calado antes que eu mate você e seu amigo.

No mesmo instante só se podia ouvir o barulho da água correndo entre nós.

- Muito bem, pelo visto entenderam. Só tenho que achar o que fazer agora.

- O quê? - Matteo pergunta confuso.

- Eu disse calado! - para causar mais efeito tirei por um minuto a bolha de ar que estava em volta de sua cabeça – Entendido?

- Sim, vossa majestade – em seus olhos eu só via raiva pura enquanto tentava puxar mais ar para seus pulmões. Melhor assim, afinal quem precisa de um cervo atrapalhando seu caminho e te atrasando?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Capas

Olhem as novas capas oficiais que eu fiz:



não ficaram lindas?

Vídeos


Fiz um vídeo para Afundando e outro para Emergir, espero que gostem:                                                 


Primeira parte do Capítulo 1

Meus olhos se abriram para encontrar um novo mundo, a água em minha volta não estava mais me afogando com sua potência, ela agora estava fazendo parte de mim, era como se eu tivesse reencontrado uma parte de mim que à muito tempo esteve perdida. O mar e suas criaturas estavam sob meu comando. Minha verdadeira pele se mostrou, em um tom branco azulado e de textura escamosa.

Fazendo um pouco de pressão, ás corrente presas aos meus pés se soltaram. Me viro e deparo com um homem. Ele era lindo, mas por que está em meus domínios? Estava de olhos fechados, se afogando, também preso com correntes, só que, infelizmente, ele não era como eu, daqui a pouco iria morrer e simplesmente ser esquecido. Será que devo salvá-lo ou ir embora e deixá-lo? Mas ele pode saber responder algumas das minhas perguntas.

Pela provável informação o deixo viver.

Quando se abrem, seus olhos me encaram com horror e medo.

- Verônica? O-o que você é? Como fez isso? Por que não está morta?

- Muitas perguntas para alguém que só está vivo por minha vontade. Queria-me morta
então? Ora, talvez tivesse sido melhor deixá-lo se afogar!

- Não, não. Fico feliz que ainda esteja viva, acho. Mas até parece que isto seja tudo uma ilusão pré morte.

- Quer que o belisque?

- Bem, já está voltando ao normal.

- Me conhece?

- Não se lembra de mim? Do seu charmoso go go boy? 

- Não, deveria?

- Claro! Você é apaixonada por mim – olhei descrente pra ele – Ok, talvez tenha exagerado um pouco, você me odeia. Será que depois desse esclarecimento podemos sair daqui, resgatar Bruno e botar todo mundo pra correr?

- Não.

- Como?

- Não, as águas são minha casa, elas me obedecem como ninguém mais faz, estou feliz aqui. Você também vai ficar, vai responder tudo que eu perguntar até que esteja satisfeita.

- Não, eu prometo que faço tudo que você quiser se for comigo, Bruno era seu amigo, você não seria tão fria ao ponto de deixá-lo morrer.

- Tudo? Qualquer coisa? - pergunto, feliz com a oferta, afinal, não é legal torturar pessoas sem algum motivo importante.

- Sim.

- Trato feito. Mas você se engana, não sou quem pensas que sou, posso ser tão fria quanto uma pedra. Quer uma dica? Não me substime.

Com isso, fui subindo até a margem da água sem esperar que ele acompanhasse meu ritmo. O penhasco é enorme, nós vamos ter uma bela escalada, mas nada que não valha a pena a promessa dele.

- O que está fazendo? - Matteo me pergunta enquanto começo a escalar a montanha.

- Tentando salvar seu amigo, conhece outro jeito de chegar lá em cima?

- Mas não vai dar tempo, é muito grande.

- Veja e aprenda – digo isso e começo a escalar com agilidade e com a ajuda das minhas irmãs protetoras das terras e florestas. Olho pra baixo e o vejo tentando acompanhar meu ritmo, sem muito sucesso, mas também nada que vá fazer nos atrasar. Reparo em seus olhos, um olhar assustado toma conta deles, daí percebo como devo estar parecendo, uma garota de aparência morta de tão azul que está agora, roupas rasgadas e subindo um penhasco como uma aranha anormal. Coitado, tomara que não tenha pesadelos a noite, não vai ser de muito uso pra mim se não estiver inteiramente descansado. 

Vários minutos depois consigo alcançar o topo e salto para a terra firme, caio no chão. De repente todas as minhas forças se foram e flashes de uma vida passam pela minha mente. Olhos assustados me encaram enquanto estavam prestes a jogar um garoto pelo penhasco. Deve ser o tal de Bruno.

- O que aconteceu com você? - um homem me pergunta, olhando assustado pela minha aparência – Pensei que estivesse morta.

Os flashes vem novamente, dessa vez consigo ver claramente, ele matando uma garota. Sinto um nó no peito, eu conheço, conhecia ela, era minha amiga e ele a matou. Desgraçado.

- Você a matou! - falei com a voz chiando.

- Quem?

- Não sei seu nome, mas foi muito importante pra mim.

- E o que vai fazer? Não passa de uma morta viva fraca e débil, já vi tipos assim antes.

- Mas nunca viu alguém como eu, por que se tivesse visto, teria tido o bom senso de não perguntar o que irei fazer contigo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Prólogo

Matteo

O momento em que a jogaram penhasco abaixo vai estar sempre em minha memória, sempre vou me lembrar de tudo acontecendo em câmera lenta, seus olhos vidrados nos meus antes de cair, mas não vou ficar minha vida inteira remoendo sobre isso, já que sou o próximo a ser jogado.

O efeito das drogas ainda está em meu corpo, não consigo oferecer uma resistência que preste. Começaram a me empurrar para a ponta do penhasco e amarram a pedra em mim, sinto um tremor forte abaixo dos meus pés, todos que estavam em pé caem, inclusive eu, só que ao invés da terra meu corpo encontra o vento ao redor .

Puxo o ar e prendo a respiração o mais rápido que posso enquanto me choco com a água gelada e cortante. Neste momento em que minha morte é quase inevitável penso nas vantagens que terei, como nunca mais sofrer a dor da transformação, que mesmo após todos esses anos – minha primeira transformação foi aos 15 – ainda faz parte dela, não é possível se acostumar com seus ossos trocando de lugar, se remodelando,sem sentir nada, outra coisa é não lidar com a morte de Veronica, admito que no começo só à estava protegendo por motivos científicos, mas com a convivência, apesar de não me dar o trabalho de demonstrar, ela foi se tornando mais que isso, com seu jeito irritantemente irritante.

Minha pedra para ao lado de um corpo imóvel parado na vertical, tão pálido que quase chegava a ser azulado, com cabelos vermelhos fogo e pés que ainda sangravam por causa das correntes de metal presas a eles.

Daqui a pouco seria eu com essa mesma aparência. Morto. Sem minha permissão, minha respiração se solta, esperei com os olhos fechados a água vir em minha boca e nariz para me afogar, esperei até que percebi que algo estava completamente estranho. Estava respirando. Debaixo d'água.

Abro meus olhos e dou de cara com Veronica, não mais presa pelas correntes e com olhos totalmente brancos me encarando.