quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CAPÍTULO 5

Estava na seção de interrogatório, eles estavam me perguntando coisas, coisas que eu tinha jurado esquecer, coisas que faziam meus olhos marejarem só de pensar, coisas que eu definitivamente não queria contar para eles.

Perguntaram por que eu me submetia a tais exercicios.

Falei que era porque eu tinha amor a vida, mesmo a minha sendo tão trágica.

Perguntaram como eu sabia que não eram apenas ameaças que eles falavam apenas para nos intimidar a continuar com os esperimentos.

Falei que conheci alguém que pensava a mesma coisa e se opôs a um "serviço".

"O que aconteceu?" Perguntaram.

"Ela morreu", eu falei.

"Como você sabe?", perguntaram.

"Eu vi", respondi.

Perguntaram quem era ela.

Respondi quase pondo lágrimas para fora, "Minha melhor amiga", mas eu não ia chorar na frente deles,não ia deixá-los pensar que era fraca, não depois de todo esse trabalho para fazê-los pensar ao contrário.

"Como ela morreu?",perguntaram.

"Não quero falar sobre isso", respondi.

"Responda", mandaram.

" O que vocês vão fazer se eu não responder? Me matar? Ótimo", provoquei.

"Não, matar seria muito fácil, mas se lembre que nós não somos humanos, somos algo que você teme e nem sabe por que", Matteo retrucou.

"Eu... Quer dizer, ela... Foi posta para um teste, fazia a mesma coisa que eu, só que por alguma razão eu sou mais forte... Eles queriam uma coisa impossível, acho que nem eu conseguiria sobreviver...Ela se recusou, foi seu fim...", comecei.

"Continue"

" Ela me disse que naquela manhã iria falar com Ele, falou para mim não se preocupar, falou que não iria acontecer nada com ela e que iriamos nos encontrar depois para uma sessão pipoca...Não acreditei... À segui... Quando fechou a porta atrás de si, espiei pela fechadura... Meu erro"

"Pode parar se quiser", disseram compreensivos.

" Não, quero continuar", respondi mais forte, querendo falar o que havia mantido pra mim mesma durante todos esses 3 meses.

"Ok"

"Ele já sabia, sabia que ela tinha se recusado a fazer o 'teste', bateu nela, deu um soco em sua cara, puxou seu cabelo, ela tentava se defender, mas como eu, não foi treinada para lutar, então somente consegui dar à Ele alguns arranhões e tapas, jogou-a contra a parede e quando estava para abrir o ziper de sua calça, não consegui mais aguentar, sai de minha paralisia e adentrei porta a dentro, sabendo que teria o mesmo detino, mas eu tinha que salvá-la, não podia deixá-la a mercê dele."

"Pare, parece que você vai desmaiar, melhor descansar", comentou um Bruno pálido, que certamente deveria estar vendo as imagens em minha mente.

"Não, vocês pediram, agora vão ter que ouvir", continuei, "Fui pra cima dele, mas somente com um olhar ele conseguiu me paralisar, não conseguia me mexer, não conseguia falar, ele era muito forte pra mim conseguir vencê-lo, então falou:'Olhe e aprenda, que essa garota sirva de exemplo para não acontecerem mais rebeldias'. E com isso, tirou um canivete do bolso e rasgou a garganta da minha melhor amiga, sem hesitação, sem nem um piscar de olhos. E o pior de tudo, não pude fazer nada, só ficar assistindo enquando minha amiga gritava por socorro enquanto sangue escorria pelo seu corpo, até que eu não ouvi mais nada saindo de sua boca além de sangue, ela tinha morrido e ele me pôs para dormir, depois daí falei pra mim mesma que algum dia ia lutar contra ele, sem tão forte e sangue frio quanto ele..."

- Olha, quer sair um pouco daqui? - Peter me pergunta.

- É, boa idéia Peter - responderam os outros, com somente um pouco de exitação.

- Sério? - quando acenaram continuei - Isso seria ótimo. Ver o mundo lá fora novamente.

- Mas você tem que prometer uma coisa.

- Sempre tem que ter aguma coisa. O quê?

- Que não irá fugir de nós, enquanto estivermos lá.

Demore um pouco para responder, mas cheguei a decisão mais sábia no momento.

- Tudo bem, eu prometo.

Me arrumei com as roupas que eles haviam conseguido pra mim e fomos para a garagem, uma coisa que eu nem sabia que existia naquela casa. De frente para mim estava um mustang clássico, quase igual ao do Dean de Supernatural, era preto e brilhava.

Meu sonho de consumo.

- De quem é essa coisa linda?

- Meu - Matteo, uma das pessoas que com certeza se oporiam em me deixar dirijir esse carro - E, por favor, não amasse quando entrar.

Engoli meu comentário, tentando fazer minha primeira viajem desde que vim pra cá, para a humanidade.

Fomos para o shopping, percebi que estavamos em outra cidade, o shopping não era uma completa bosta com somente duas lojinhas interessantes e jogos.

- Compre o que quiser, hoje vamos sair e vamos ver se as suas aulas valeram mesmo a pena - falou Francesco, fazendo o clima ficar bem mais leve do que tinha sido a pouco tempo atrás.

- Então é assim: se eu respondo ganho presentinhos?

- Só não vá se acostumando, percebi que você ficou muito traumatizada e decidi aliviar o clima te dando alguma roupa e te levando em algum lugar para dançar.

- Posso perguntar quem vai pagar?

- Temos dinheiro, não se preocupe, pode não parecer, mas nós trabalhamos, só que em vez de sairmos para alguma empresa, trabalhamos via internet. Só o Matteo que às vezes faz bico em alguns bares.

- Não me diga, deixe eu adinhar, você é um go-go-boy? - brinquei - E como é que vocês tem computadores se depois de todas as semanas que eu passei com vocês ainda não vi?

- Claro, eu me submeto a isso todas ás vezes que saio, deixando mulheres loucas ficarem me observando e me tocando enquanto eu danço pra elas - ignorando completamente minha segunda pergunta chegou perto de mim e sussurrou - Você quer ser uma dessas mulheres?

Sem pensar duas vezes. BRUNO CALA A BOCA , NÃO CONTA PRA ELE QUE EU FALEI/PENSEI ISSO, NÃO ESTOU PENSANDO COM CLAREZA, ESTOU FORA DE MIM, TÁ BOM?

Ele acentiu, fingindo ter engasgado pra disfarçar a risada.

- Nem pensar, deixo toda a diversão pra elas mesmo, vou deixar você pra alguma pobre coitada - respondi me dirijindo ao Matteo.

Uma moça veio nos atender enquanto entravamnos na loja.

- Posso ajudar? - disse lançamdo um olhar bem significativo a todos os meus acompanhantes, sem nem olhar para minha cara.

Acho que já posso dizer que não fui com a cara dela.

- Claro - respondeu Peter, totalmente alheio a atençao da atendente - Precisamos de uma roupa bem bonita para nossa garotinha aqui.

Percebendo que a garotinha estava na sua frente, ela olhou na minha direção e tive o prazer de ver um olhar de inveja em seus olhos enquanto ela olhava para meu cabelo.

- Qual o seu número? E que tipo de estilo você quer?

- M, quero alguma coisa sexy, mas sem que me faça parecer uma vagabunda.

- Acho que vai ser dificil - ouvi-a sussurrar entre dentes.

- Você falou alguma coisa?

- Não, apenas pensando alto, siga me.

4 comentários:

  1. Aiiii q legal.Muiiitooo anciosa para o próximo capítulo.

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  2. Q bom \o/\o/\o/
    Acho q naum vai demorar tanto assim pra eu postar, estou um pouco inspirada essas semanas ^^
    sauhsauhhaussahusauhasuh

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  3. posta Lari... eu sei que eu não comento muito, mas eu sempre leio o que vc escreve... fatoo!
    posta posta posta!

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  4. oi... então... acho que semana que vem tem cap novo... eu já postei um pouco dele lá na comu... aqui eu só vou postar o cap inteiro.. pra deixar mais organizado xD

    E eu sei que vc lê Juuh e vc comenta o bastante pra mim sabe que vc ta acompanhando a estória =D

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