domingo, 17 de outubro de 2010

CAPÍTULO 3

Uma semana após o acontecimento já havia se passado, e eu estava començando, muito pouco, a me acostumar com eles.

A rotina diária variava de pra cada dia, como por exemplo hoje eu estava lutando contra o Matteo, o que não me deu muita satisfação, pois eu posso ser muito resistente, rápida e flexivel, mas no laboratório eles não me ensinaram nenhum tipo de luta, agora acho que vocês já podiam imaginar a humilhação que eu estava passando na frente neste enpiastro de homem, que além de ser um idiota também é sonanbulo,descobri isso quando estava com insonia e como a minha "cama" é o sofá da sala de estar, pude ve-lo, descer as escadas ir até a cozinha e depois ficar andando que nem um tonto na casa, não que pra ele seja muito dificil se parecer com um tonto, mas...

Vocês devem estar pensando: " Como essa garota aceitou tão bem essa história de sequestro e tudo mais, sem ao menos lutar para conseguir liberdade e não trabalhar mais pra ninguém?" Só que a questão é mais dificil do que parece, pois eles deixam vigias noite e dia me seguindo em todo lugar que eu vou, menos no banheiro, obviamente, onde, eu já conferi, não tem nenhuma janelinha para minha fuga desesperada, se eu ao menos não tivesse sido tão anti-social antes disso, poderia ter alguns amigos me procurando, mas não, a única amiga que eu já tive, digamos que não está disponiveu nbo momento, nem nunca mais, se é que me entendem.

Porque na maioria das vezes qe eu começo a pensar muito, meus pensamentos vão direto para a Rafa, preciso esquecer daquele dia, senão acho que vou ficar traumatizada o resto da minha vida. Só que o problema é que eu não consigo imaginar como um simples ser humano pode ter tantoa crueldade em seu pequeno e amargo coração de pedra.

Mas, enfim, voltando ao assunto principal, eu estava levando uma surra, com nem meia hora de luta e meu corpo já estava todo doido.

- Descanso, por favor ?

- Nós não temos lutado nem por uma hora e você já está pedindo por descanso? Pensei que seria um desafio melhor, acho que me enganei.

- Pode ser que sim, mas se você ao menos se desse ao trabalho de me ensinar alguns alogamentos básicos antes de começarmos a lutar ajudaria um pouco.

- E quem disse que quando você for pega de surpresa e tiver que lutar com alguém pela sua vida, eles vão te dar um tempo pra fazer seu precioso alongamento? Se liga garota.

- Primeiro, eu tenho um nome e ele é Veronica e não garota. Segundo, nós não estamos em uma luta de vida ou morte agora, você não vai me matar.

- Quem disse isso?

- Se você quisesse já teria me assassinado a muito tempo.

- Tuchê.

- E terceiro, nada melhor do que eu fazer alongamentos antes do exercicio central para o meu corpo já ir se acostumando se houver algum tal acontecimento onde vão me raptar - lancei um
olhar significativo pra ele e para os outros que estavam se ocupando em assistir a minha desgraça - novamente.

- Dá um descanso pra ela Matteo!

- É, você está sendo um verdadeiro idiota com ela!

- Quem é que à está treinando por acaso, hein? E você - apontou pra mim - se fosse tão fraca como aparenta e faz parecer que é, não teria sobrevivido ao ataque.

- Isso pode até ser verdade, eu sei que sou mais forte que isso, só que na minha vida toda eu fui treinada para aumentar minha resistência contra ataques em que eu não poderia fazer nada para me defender. Você pode não saber, mas antes de vocês chegarem pra me "resgatar" naquela caverna, eu estava acorrentada na parede, somente esperando aqueles lobos chegarem para me estrasalhar. Então eu acho que posso concluir qe a culpa é do meu treinador e não minha.

- Você venceu, você quer seu alongamento? Então vai ter seu alongamento. Cinquenta flexições no chão. Agora!

- O quê?

- Eu nunca disse que isso ia ser fácil garota.

- Eu já disse que meu nom...

- No chão agora! - falou me cortando - e só por causa desse resmungo, você ganhou mais 50 abdominais após as flexições.

Eu ia falar uma coisa muito, muito porca mesmo, se ele não tivesse me interrompido mais uma vez.

- Devo acrescentar uma rodada de polichinelos também ?

- Não, eu estou bem assim.

Acabada minha seção de tortura, fui para o banheiro tomar um delicioso banho quente.

Só depois de estar relaxada que eu pude lembrar que tinha esquecido minhas roupas no meu armário, que na verdade era uma caixa de papelão que ficava do lado da minha cama, o sofá. Sai do banheiro sorrateiramente, com uma toalha me cobrindo, esperando não ser vista por nenhum dos rapazes. Minha sorte parecia estar voltando, pois não encontrei com ninguém na viagem de ida, mas o pior ainda não havia passado, ainda tinha que voltar para o banheiro, eu não ia ser tonta ao ponto de me trocar na sala de estar, onde qualquer um que entrasse na casa daria de cara comigo.

Parecia que eu estava mesmo com sorte, nenhum encontrão. Coloquei minha mão na porta para abri-lá e... estava fechada. Acho que tranquei ela sem querer quando sai tão apressada. Começo a ouvir vozes vindo na minha direção, eu tô tão ferrada. Puxo a porta com força, tentando encontrar a força que todos falam que eu tenho pra quebrar a fechadura da porta. E então, como se num passe de mágica a porta se abre sozinha. Eeeeeeeeeee!!!!!!!! Não, espera, ela não se abriu sozinha, foi uma pessoa, a pior pessoa do mundo. Não podia acreditar nisso. E nem no que estava vendo na minha frente.

Matteo.

Só de toalha.

Molhado.

- Posso saber por que você está querendo arrombar a porta do banheiro?

Me forcei a olhar pra cima. Para seus olhos, tentando não me distrair em como seu cabelo, que batia nos ombros, estava agarrado na sua pele, em como uma gotinha de água estava caindo do seu queixo,passando pelo seu peito.

- Então, vai me responder ou não?

As vozes estavam mais perto, e meu rosto devia estar da cor do meu cabelo, vermelho fogo.

- Olha, eu pensei que tivesse trancado a porta quando eu tinha saído e queria trocar de roupa e... Tem algum lugar onde eu posso fazer isso, sem ser vista por alguém, por favor?

- Vai reto, vire a direita e desça as escadas. Agora ve se me deixa tomar banho em paz.

Fiz o que me foi dito sem retrucar sua falta de educação.

No final? Acabei em um armarinho de limpeza muito, e devo repetir mais uma vez, muito pequeno.

Voltei para a sala de estar totalmente dormindo pelo caminho.

- Enfim, cama...

Deitei no sofá, ops, cama e dormi, dormi, não mais que alguns minutos até ser acordada por algum desgraçado.

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