quarta-feira, 21 de julho de 2010

CAPÍTULO 1

Estava em um tipo de caverna subterrania, onde eles estavam me submetendo a mais provas de resistencia.

Mas essa, eu não estava tão certa que iria sobreviver.Afinal, quem consegue ficar viva depois de um ataque de lobos?

Deixe que eu lhes dou a resposta, ninguém.

Mas eu iria morrer de qualquer jeito, mesmo se eu naum participasse disso.

Aindo lembro do que aconteceu com a Rafa quando ela se recusou a participar de algo assim, mesmo querendo esquecer ...

Nunca devia ter espiado pela aquela fechadura na porta...

Nunca.

Estou ouvindo alguma coisa, preciso fugir, mas é meio dificil quando você está acorrentada em uma parede da caverna.

- Vamos ver se você sai viva dessa mascote? - falou uma voz vinda do alto falante que eles tinham posto ali perto.

O barulho estava cada vez mais alto, dava pra ouvir seus focinhos farejando calor humano, farejando meu medo.

Não estava ouvindo só os lobos,e sim minha respiração que agora estava rapida demais, assim como meu coração.

Já conseguia ver suas formas entrando pela entrada da caverna que dava pra onde eu estava, seus dentes estavam expostos
a procura da presa, suas cores de pelos eram todas diferentes, pareciam assassinos enquanto corriam para buscar sua presa, que no caso seria eu.

Fechei meus olhos, naum iria conseguir assistir minha própria morte.

Eles chegaram, comecei a sentir seus focinhos molhados em minhas pernas nuas - estava de shorts - suas repirações quentes, depois dissocomeçou a dor, era horrível, eu estava sendo mastigada por lobos, servindo de comida pra eles, eles estavam arrancando minha carne. Como
aquele idiota pensava que eu iria sobreviver? Ele pode não saber, mas eu naum sou igual a uma estrela marinha.

Então era isso? Isso era quando eu iria morrer? Não vou mais poder viver? Se você considerar chamar como eu vivia de vida?

Tudo está começando a ficar embaçado, ótimo, pois agora não estou sentindo tanta dor assim, tudo está ficando preto, bom acho que agora eu estou realmente morrendo, adeus mundo cruel.

Me deixei afundar na escuridão da dor.

***

Acordei, ainda estava naquela bendita caverna, nossa...Mas eu não tinha morrido?

Olho pra cima e percebo que não estou mais acorrentada e, sim encostada em uma parede próxima. Na minha frente eu vejo quatro lobos, não lobos, homens, não sei o que são, parecem ser metade homens e metade lobos, não deve ser nada, depois do que aconteceu comigo, não acreditaria em uma palavra do que eu dissesse.

Percebendo que eu estava acordada, um deles, eram homens, minha visão já estava quase de volta e não tinha como seus musculos passarem despercebidos,me levantou em seus braços e comecou a me carregar para a saída. Parece que o Doutor tinha novos empregados, tudo bem por mim, contando que não me matassem...

- Desculpe, mas você deve estar sentindo um pouco de dor, aguente firme, porque quando nós formos correndo isso vai piorar.

Consegui achar minha voz para responder, minha garganta estava seca.

- Agora que você me lembrou, eu estou mesmo sentindo dor - baixinho eu acrescentei - Como se você se importasse.

- Eu, na realidade não me importo mesmo, mas estava só tentando te passar um pouco de confiança.

- Afinal, por que ele mandou vocês virem me buscar ao invés de eu ir sozinha como sempre?

- Ele quem?

- Ora essa, o Doutor, quem mais?

- Bom, vou lhe dizer uma coisa que pode te alegrar, nós não trabalhamos pra ele.

- Atá, acredito em você sim.

- To falando sério.

- Então tá, digamos que esteja mesmo falando sério. Como sabiam onde eu estava? Nós estamos no meio do mato,fala sério, ninguém passa aqui perto á anos, só animais,
como os lobos que me atacaram. E por quê me salvar?

- Bom, então digamos mesmo que a gente tenha sido chamado pelo seu chefe, mas não foi pelo motivo que você acha. Não estamos aqui para te levar a ele.

- Então o que estão fazendo? E o que vieram fazer?

- Estamos te levando embora daqui, pra que todos saibam que você está morta e não venham mais te procurar ou tentar te matar. E fomos mandados aqui para te matar.

- Você só está me contando tudo isto para que eu tenha confiança em vocês, certo?

- Certo.

- Deixe eu lhe dizer uma coisa, não está funcionando.

- Você não acredita em uma palavra do que eu disse, não é?

- Não.

- Se lembra quando eu falei que você ia ter que aguentar um pouco de dor porque eu ia começar a correr?

- Lembro.

- Segure-se então.

Ele começou a correr. Era muito rápido, tive que apertar meus braços com força ao redor de seu pescoço.Estava certo, minha dor aumentou, e com a força que fazia para segura-lo, só piorava a minha situação.

Já estavamos no meio da floresta e, quando ele pulou um galho que estava no meio do seu caminho, soltei um gemido de dor. Acho que, daqui a pouco iria desmaiar de dor novamente.

Não foi preciso, pois depois de alguns minutos, que pareceram pra mim uma eternidade, chegamos aonde ele estava querendo me levar.

Esse lugar era diferente. Não era o prédio do laboratório do Doutor. Totalmente ao contrario, estavamos em frente de uma casa, não muito conservada, no meio da floresta.

- Agora acredita que não trabalhamos pra "ele"?

- Nem um pouco. O que estamos fazendo aqui?

- Aqui é onde eu e meus amigos moramos e, onde você vai morar até que tenhamos informações suficientes de você, mudar completamente sua pesonalidade e seu visual para não ser reconhecida por eles e, enfim, te libertaremos.

- Isso é outra prova? Eu tenho que testar minha resistencia vivendo nessa casa e tendo que aguentar vocês? Porque isso é moleza depois do que eu passei hoje, mas não podiam nem ter me dado alguns dias para me recuperar do ataque ou... é por isso mesmo, querem ver se eu consigo ficar aqui machucada e ver se eu resisto se eu tiver alguma infecção?

- Você é teimosa ou burra mesmo?

- Nenhuma, mas obrigada pelos elogios. Você pode me por no chão por favor?

- Não, acredite, eu queria te por no chão, você é pesada, mas você não se aguenta em pé de tanta dor e vai acabar desmaiando. O que não seria bom.

- Não diga. Jura? E eu não sou pesada, sou magra e malho todos os dias para ficar em boa forma, então se você falar mais alguma coisa sobre meu peso...

Comigo ainda em seus braços, ele abriu a porta da não muito grande casa. Devo dizer que a casa não era muito espaçosa, tentei imaginar todos aqueles homens, acho que eram quatro ou cinco,
vivendo todos em uma única casa. Mas devia ser mentira, como toda baboseira que ele ficou contando até agora.

- Todos vocês vivem aqui?

- É.

- Como? Porque, pelo que percebi, está casa não é muito grande, nem espaçosa por dentro.

- Você já vai ficar sabendo, já que vamos mante-la conosco até você colaborar.

- Então a prova é eu tentar fugir de vocês? - ia ser meio dificil, pois pelo que percebi, todos eram fortões e bem musculosos, mas não era imposivel.

- Quantas vezes eu vou ter que falar? Não existi prova nenhuma. A gente te tirou de lá pra valer, não trabalhamos pra ele.

- Pode falar quantas vezes quiser que eu não vou acreditar.

- Teimosa, seria melhor se estivesse desmaiada - resmungou.

- Ei! Eu ouvi isso!

- Ótimo.

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